quarta-feira, 27 de julho de 2011

O ÚLTIMO ALVITRE

Era um domingo, 24 de julho de 1842, reuniu-se em Santo Amaro(Queluzito) a cúpula do exercito revolucionário para uma conferência da maior importância para o movimento em Minas.Estavam presente os principais comandantes das tropas, dentre eles Marciano e Alvarenga e os líderes Teófilo Otoni,Nunes Galvão,Dr.Melo Franco,Jose Feliciano.Conêgo Marinho se encontrava em missão com as forças do sul e não chegara a tempo para participar do encontro.A conferência varou madrugada a dentro.Alguns sustentavam avanço sobre Sabará proposta defendida pelo Feliciano.Outros ocupar Queluz, como medida estratégica.
A reunião ia se tornando um martírio para os membros do comando militar da revolução que não chegavam a um entendimento sobre qual estratégia adotar.Ai que entra  cena o queluziano, Major Marciano Pereira Brandão  que conhecia muito bem a Vila de Queluz é chamado por Otoni para expor sua opinião que defendeu com raro tino militar o último o alvitre. " Ocuparemos pela madrugada  as estradas do Rio de Janeiro, de Itaverava,Ouro Preto,Congonhas e Suassui, fazendo um cerco total a cidade e cortando as fontes,  deixando as tropas legalistas sem acesso a àgua."Nesse momento Teofilo Otoni sem vacilar aplaude o plano de Marciano que é aceito pela maioria do comando militar, menos Feliciano e Galvão que defendiam seguir para Sábara  protestaram tentando mostra que a estratégia podia redundar em um fracasso para o movimento.Conta Conêgo Marinho no seu livro ao ser aprovado o plano, que Galvão, cruzando os braços, respondera :
_ " V.Excia, quer que se ataque a Queluz?pois ataca-se a Queluz; mas eu não respondo pelo resultado."
E Otoni responde:
- " Respondo eu,porque o sr. Galvão vai à frente do exército,"

Os rebeldes entusiasmados com a possibilidade do triunfo, entoam esperançados o hino da lavra do maranhense Inácio Jose Ferreira:
             Viva a Pátria, a liberdada
A santa relegião
  Viva D.Pedro II
          A nossa Constituuição

             Somos jovens brasileiros
             Que a liberdade adoramos
            Temos ódio ao servilismo,
            Nossa pátria idolatramos

Ao amanhecer do dia 27 de julho, os rebeldes puderam vêr a grandeza da batalha de Queluz e o tino militar do Marciano Pereira Brandão, queluziano de São Gonçalo que salvou a revolução em Minas naquele momento.A história continua...
CONVITE:
Visitem a exposição do Movimento Revolucionário de 1842 na Casa da Cultura Gabriela Mendonça.
29/07 Conferência sobre " O Combate da Venda Grande" no auditório do Nazaré a partir das 18:30
Largo da Matriz Nossa Senhora da Conceição no final do séc.XIX palco da notável Batalha de Queluz.

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